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Mitologia em Português

29 de Outubro, 2019

Duas histórias assustadoras, e um pequeno evento

Para celebrar a vinda do Halloween (ou a véspera do Pão por Deus, se preferirem tradições portuguesas), as próximas três noites serão ocupadas por três histórias assustadoras, com a noite seguinte - de 31 de Outubro para 1 de Novembro - a ser ocupada por uma experiência, o primeiro encontro físico deste espaço, onde se procurarão contar - e escutar - outras histórias da mesma natureza.

Uma porta de madeira, só isso

Para esta primeira noite iremos a uma história supostamente real, que nos foi contada durante a nossa busca por relatos orais em território português. Provém de um casal que vive numa pequena aldeia no distrito de Bragança, que nos permitiu partilhá-la de forma anónima.

 

Segundo o patriarca do casal, em casa de alguns amigos, hoje já falecidos, durante as noites de lua cheia costumava-se ouvir alguém a bater à porta. Mas, por muitas vezes que se inquirisse sobre a identidade do visitante, nunca era obtida qualquer resposta. Então, uma dada noite, aquele que se viria a tornar o relator da história decidiu tentar algo de diferente, perguntando simplesmente "Ao que vem? O que deseja?", levando à resposta de uma voz masculina misteriosa - "Quero um alqueire de trigo." Esse desejo foi cumprido, sendo colocado no local antes da noite seguinte, e... tanto o trigo desapareceu, como a presença do "visitante" nunca mais foi sentida.

 

A esta história, a esposa do relator acrescentou que também ela já tinha passado por algo semelhante. Há mais de 70 anos, quando ainda vivia com os pais, durante a noite por vezes eram ouvidos barulhos de uma máquina de costura no piso superior da casa - o que nada teria de errado, não fosse o facto de esta apenas ter um piso térreo. Em busca do que se poderia andar a passar, os habitantes da casa falaram com uma vizinha mais idosa, que lhes disse que naquela casa tinha vivido uma menina que tinha prometido a Nossa Senhora um novo véu, mas que ela tinha falecido antes de acabar de o coser. Assim, foi comprado um véu e este foi oferecido à igreja local, o que fez cessar por completo os estranhos barulhos [ver mais aqui].

 

Mas... serão estas histórias reais? Será que realmente tomaram lugar? Fomos repetidamente assegurados que sim, que as almas penadas que tinham promessas por cumprir agiam de formas como estas, mas... será que algo de semelhante já se passou com os leitores? Como sempre, se tiverem histórias semelhantes para contar, por favor deixem-nas nos comentários.

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