19 de Fevereiro, 2014
O mito da Fénix
Acaba por ser um pouco irónico que, em quase uma década, eu nunca me tenha lembrado de contar o mito da Fénix, que "só" é um dos mais famosos animais mitológicos de que me consigo lembrar.
Bem, o aspecto mais interessante da história da Fénix, por comparação com a de outros animais mitológicos, é o facto de não apresentar uma história totalmente fixa, mas sim todo um conjunto de elementos que parecem evoluir ao longo do tempo, e que até podem ser seguidos com uma relativa facilidade.
Segundo me recordo (sim, que eu nunca consulto bibliografia para estes posts), um dos relatos mais antigos é o de Heródoto. Nesse, a fénix é um animal avermelhado, do tamanho de uma águia, que enterrava o elemento paterno numa bola de mirra e o levava para um templo em Heliópolis, no Egipto, a cada 500 anos. O autor diz que nunca a viu, e que não considera a história sequer credível.
Em Ovídio, existem vários elementos comuns, mas um dos elementos adicionais de maior importância é o facto de o autor dizer que, do corpo da Fénix paterna, após a morte, nasce uma nova criatura da mesma espécie.
Plínio o Velho adiciona o facto de só existir uma única Fénix, com uma descrição um pouco diferente que a anterior.
Isidoro de Sevilha diz que o nome da Fénix vem da sua cor, e que esta renasce das próprias cinzas.
As descrições posteriores apresentam, sempre, alguns ou múltiplos destes elementos, até chegarmos à forma da Fénix que temos hoje, uma ave de fogo, que até renasce das próprias cinzas. Essa figura final é, então, uma fusão das várias tradições, com alguns aspectos mais enfatizados do que outros. Seria interessante traçar um perfil do nascimento e desaparecimento de cada um desses elementos, e as razões para tal, mas isso prefiro deixar para potenciais leitores.
Bem, o aspecto mais interessante da história da Fénix, por comparação com a de outros animais mitológicos, é o facto de não apresentar uma história totalmente fixa, mas sim todo um conjunto de elementos que parecem evoluir ao longo do tempo, e que até podem ser seguidos com uma relativa facilidade.
Segundo me recordo (sim, que eu nunca consulto bibliografia para estes posts), um dos relatos mais antigos é o de Heródoto. Nesse, a fénix é um animal avermelhado, do tamanho de uma águia, que enterrava o elemento paterno numa bola de mirra e o levava para um templo em Heliópolis, no Egipto, a cada 500 anos. O autor diz que nunca a viu, e que não considera a história sequer credível.
Em Ovídio, existem vários elementos comuns, mas um dos elementos adicionais de maior importância é o facto de o autor dizer que, do corpo da Fénix paterna, após a morte, nasce uma nova criatura da mesma espécie.
Plínio o Velho adiciona o facto de só existir uma única Fénix, com uma descrição um pouco diferente que a anterior.
Isidoro de Sevilha diz que o nome da Fénix vem da sua cor, e que esta renasce das próprias cinzas.
As descrições posteriores apresentam, sempre, alguns ou múltiplos destes elementos, até chegarmos à forma da Fénix que temos hoje, uma ave de fogo, que até renasce das próprias cinzas. Essa figura final é, então, uma fusão das várias tradições, com alguns aspectos mais enfatizados do que outros. Seria interessante traçar um perfil do nascimento e desaparecimento de cada um desses elementos, e as razões para tal, mas isso prefiro deixar para potenciais leitores.