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Mitologia em Português

11 de Abril, 2018

A lenda do Judeu Errante

A lenda do Judeu Errante é uma das muitas que surgiram na Idade Média, algumas delas com um conteúdo marcadamente antisemítico (recorde-se até o curioso exemplo do Toledot Yeshu, a que voltaremos no futuro). Parece ter tido uma popularidade significativa na Europa, ao ponto do nome do visado variar de país para país - em Portugal e Espanha, por exemplo, era muitas vezes chamado um nome como "Juan Espera[endios]", mas em outros países era chamado Gregório, Buttadeo, etc. - e de existirem diversas versões dos acontecimentos que o envolvem. Mas conte-se, então, o cerne da sua história.

Judeu Errante entre os crucificados

Na versão mais famosa, o homem que ficaria conhecido como Judeu Errante vivia em Jerusalém aquando da crucificação de Jesus Cristo. Quando este último carregava a cruz e se dirigia para o Calvário, parou por um breve momento e, de uma qualquer forma, foi ofendido por este Judeu. Face a esse acto reprovável, Jesus condenou-o então a caminhar pelo mundo fora até ao final dos tempos. Outras versões diziam que o futuro Judeu Errante se tratava do homem que criou o Bezerro de Ouro, ou até de um colaborador da casa de Pôncio Pilatos que ofendeu Jesus Cristo.

 

Em comum, todas as versões desta lenda do Judeu Errante parecem ter o facto de se tratarem de histórias antissemíticas, explicando, de alguma forma, a razão pela qual um determinado judeu, ou o próprio Povo Judeu no seu conjunto, estavam a ser condenados a múltiplas provações.

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11 de Abril, 2018

A breve história de Hipátia de Alexandria

Hipátia de Alexandria foi provavelmente uma das mais famosas filósofas da Antiguidade. Uma das suas histórias diz-nos até que, ao ser confrontada com o amor de um aluno,o tentou afastar pela música, e depois mostrando-lhe algo semelhante a um penso higiénico usado, dizendo-lhe que era isso que ele amava e que nada de belo tinha - a vergonha levou-o a afastar-se das suas intenções originais.

 

Não sabemos muito mais sobre esta figura, salvo o facto de ter sido morta pelos cristãos, não porque tenha feito algo de mal, mas - diz-nos pelo menos uma fonte - pela inveja de Cirilo, patriarca de Alexandria, tinha da sua enorme fama. Então, foi violada, o seu corpo foi despedaçado e depois levado numa espécie de procissão doentia pela cidade.

 

Quem tiver mais curiosidade sobre esta história pode vê-la no filme Ágora de 2009.

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