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Mitologia em Português

21 de Maio, 2020

Porque é que os Egípcios construíram pirâmides?

A Pirâmide de Unas

Hoje fizeram-nos uma pergunta que não podemos deixar de considerar fascinante - porque é que os Egípcios construíram pirâmides? Já todos ouvimos falar das pirâmides como túmulos, como portais para outras dimensões, como naves espaciais escondidas, entre outras tantas ideias muitíssimo estranhas, mas porquê pirâmides? Porque não cubos, ou simples buracos no chão, ou enormes templos, ou até qualquer outra forma geométrica?

 

Existem várias teorias, mas uma das possibilidades mais interessantes para ser abordada neste espaço poderá ter a ver com um mito da criação egípcia. Segundo ele, originalmente só existiam águas sem fim... até que um dia, por razões hoje desconhecidas, surgiu um monte no meio da água, como se da barriga de uma mulher grávida se tratasse. Desse monte foi dado à luz um enorme ovo. Finalmente, desse ovo primordial nasceram os primeiros deuses.

 

A forma das pirâmides, enquanto elevação pouco natural na superfície da terra, poderá remeter-nos de volta para esse mito inicial da criação. O faraó morreu, é sepultado num local que relembra essa gravidez inicial da terra, e depois nasceria dela, de forma sobrenatural, entre os próprios deuses, numa espécie de repetição teatral do mito da criação.

 

Será esta a resposta correcta e verdadeira a porque é que os Egípcios construíram pirâmides? Não sabemos, nem é possível que se venha a ter qualquer certeza sobre o tema, mas de um ponto de vista da intersecção entre mito e ritual esta é uma razão suficientemente interessante para ser mencionada por cá.

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21 de Maio, 2020

A lenda de Bhrigu e os três grandes deuses hindus

Os três principais deuses hindus

Na cultura ocidental sabe-se, de uma forma muito geral, que os Hindus são politeístas e veneram centenas de deuses. Se, por um lado, essa ideia está correcta, por outro as grandes figuras do Hinduísmo são essencialmente três - Brahma, Vishnu e Shiva, que podem ser vistos na imagem acima. Esta ideia, de três divindades entre centenas, poderia levar-nos a uma questão adicional - destas três, qual a mais importante, ou a mais digna de ser venerada?

 

Um dia, foi feita essa mesma pergunta ao sábio Bhrigu. Partindo em busca de respostas, decidiu ir visitar cada um dos três deuses.

Primeiro passou por Brahma, mas enquanto se dirigia a esse deus criador esqueceu-se de endereçar um cumprimento a uma das suas muitas formas. O deus zangou-se com ele. Então, pedindo desculpa, Bhrigu foi rapidamente perdoado.

Em seguida visitou Shiva, deus da destruição. Também aqui o sábio não prestou a reverência necessária ao deus, e então quase que foi destruído, só tendo sido poupado após os mais profusos pedidos de desculpa.

Finalmente, Bhrigu foi a casa de Vishnu, deus da preservação. Encontrando-o a dormir, tentou acordá-lo com um pequeno toque de pé no peito. O deus rapidamente acordou, mas perguntou logo se esse toque tinha magoado o pé de Bhrigu, e dispôs-se até a massajar-lhe esse membro.

Face a estas ocorrências, Bhrigu rapidamente compreendeu a resposta que andava a procurar. Para ele, o maior dos três deuses era Vishnu, porque conquistava pela bondade.

 

Naturalmente que a visão desta lenda - provinda do Bhagavata Purana - não é horizontal a toda a cultura hindu. Se assim o fosse, seria óbvio que toda a gente veneraria Vishnu, deixando um pouco mais de parte as duas divindades restantes. Mas, ainda assim, esta lenda que envolve o sábio Bhrigu e os três grandes deuses não deixa de ser interessante, até de um ponto de vista ocidental, porque nos deixa compreender que mesmo entre tantos deuses existiam alguns que eram mais apreciados e venerados que outros.

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