São Cirilo e a origem do Cirílico, uma breve história
Hoje, em virtude do conflito na Ucrânia, falamos sobre São Cirilo e a origem do Cirílico, i.e. as estranhas letras que agora podemos muitas vezes ver na televisão.
Nesta imagem podem ser vistas as principais letras dos alfabetos latino, grego e cirílico. Como descrito em inglês na própria imagem, existem formas de algumas letras que são exclusivas de algumas línguas, enquanto que outras - como o "A", "B", "M", etc. - são comuns a todas elas. Mas se, como já cá foi mostrado anteriormente, a maior parte das letras gregas e latinas têm uma evolução histórica relativamente fácil de constatar, de onde vêm os caracteres que são exclusivos do Cirílico? Para o explicar, falemos então de São Cirilo e a origem do Cirílico.
Segundo uma lenda cuja relação com a realidade não é completamente clara, em meados do século IX da nossa era dois irmãos, de nomes Cirilo e Metódio, foram evangelizar as muitas terras do leste. Enquanto o faziam, depararam-se com um problema muito significativo, que era o facto de alguns sons das línguas orais da região não poderem ser representados com letras da língua nativa de ambos, o Grego. Por isso, foi necessário criarem novas letras, umas capazes de conseguir captar por escrito os sons originas, e foi daí que nasceram as letras cirílicas mostradas acima - isto, apesar do facto de não se saber, em toda esta história, onde termina a ficção de toda a história e começa a sua realidade... Mas frise-se que qualquer que seja a verdade por detrás da origem destas letras, a origem deste alfabeto, que ficou conhecido como Cirílico, é quase sempre atribuída a este São Cirilo e seu irmão.
Para quem não o conhecer, nesta segunda imagem podem ser vistas as respectivas letras, a sua equivalência aos sons do nosso alfabeto latino, bem como a forma de ler cada uma delas, recorrendo-se para tal aos seus sons na língua inglesa. A imagem não é nossa, como habitualmente foi retirada da internet e sofreu algumas alterações para gerar a versão acima, mas a título de pura curiosidade terá de servir, e esperamos que ajude potenciais leitores a compreender melhor a relação entre os alfabetos ditos "latinos" e estas, para nós estranhas, letras de vários países do leste, entre eles a Ucrânia.