A estranha história de Xin Zhui, famosa depois de morta
De forma sucinta, poderíamos dizer que Xin Zhui foi uma representante da nobreza chinesa que faleceu no século II antes de Cristo. Seria apenas uma de muitas outras, que o tempo foi fazendo esquecer progressivamente, não fosse algo de totalmente inesperado que teve lugar com o seu corpo após a morte.
Em 1968, quando alguns trabalhadores da região chinesa de Changsha estavam a conduzir escavações nessa área, encontraram alguns túmulos e mais de um milhar de artefactos. Os segundos são aqui pouco relevantes, talvez até incluíssem algumas Pedras Dropa, mas entre os primeiros contava-se o de Xin Zhui, que, por razões que ainda não são completamente claras (tinha em seu redor um líquido desconhecido), estava quase completamente preservado, como nenhuma outra múmia encontrada até hoje. Considerámos aqui apresentar uma fotografia de como ela está actualmente, em vez da bonita reconstrução do seu rosto apresentada acima, mas sentimos que a representação poderia traumatizar os leitores mais sensíveis...
Ainda assim, o que esta história tem de particularmente interessante é que esse estado de conservação do corpo de Xin Zhui permitiu-nos saber algumas coisas muito pouco frequentes sobre ela, como o seu tipo sanguíneo, que sofria de diversos problemas de saúde, e que tinha comido várias fatias de melancia poucas horas antes de morrer. Os seus músculos, segundo vimos num vídeo, até continuam a funcionar nos dias de hoje!
Mas, por muito surpreendente que tudo isto possa parecer, o seu não é um caso único - também na China encontrámos pelo menos um outro corpo com estas características, o de Sui Xiaoyuan. Resta saber o que terão tido em comum, esse senhor e esta Xin Zhui, para explicar o notável estado de conservação de ambos os seus corpos, mais de dois milénios após as suas mortes...