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Mitologia em Português

17 de Novembro, 2022

A História do Livro de Mórmon

Contar-se a história do Livro de Mórmon já cá estava como que prometido há algum tempo. É o livro sagrado dos Mórmones - ou da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, como parecem ser mais conhecidos em Portugal - mas o que tem especial interesse para as linhas de hoje não é tanto o conteúdo da própria obra, mas uma célebre história que se esconde por detrás dela. Se é um puro mito, uma lenda, ou algo de completamente real é algo que deixamos ao critério dos leitores, depois de conhecerem as linhas deste relato, que parecem ser bastante famosas na América do Norte mas nem tanto em países europeus como o nosso.

Joseph Smith e a história do Livro de Mórmon

Em inícios do século XIX viveu nos Estados Unidos da América um homem de nome Joseph Smith. Contar toda a sua história é uma tarefa complicada e ultrapassa os nossos objectivos de hoje, mas segundo o próprio, quando tinha 17 anos de idade um anjo de nome "Moroni" apareceu-lhe e revelou-lhe que numa colina próxima estavam escondidos antigos textos religiosos gravados em folhas de ouro. Após algumas peripécias, a 22 de Setembro de 1827 foi-lhe permitido que levasse esses textos para casa, mas eles estavam escritos em "Egípcio Reformado", língua que Smith só conseguiu traduzir com o auxílio de um misterioso processo chamado "Urim e Tumim". Como tudo isso se processou parece variar mediante as versões, mas o essencial a reter é que o chamado Livro de Mórmon é, supostamente, um texto escrito pelo profeta Mórmon, por volta de 600 anos antes da vinda de Jesus Cristo, e que alguns acreditam que apenas foi trazido para os dias de hoje pela tradução de Joseph Smith.

 

Mas será isto verdade? Terá sido esta, de facto, a origem do Livro de Mórmon? Por um lado, parecem ter existido testemunhas na época que afirmaram terem visto as folhas de ouro, Urim e Tumim, e Joseph Smith a conduzir o seu estranho processo de tradução, que pode ser visto representado na imagem ali em cima. Por outro, quem for ler o texto - supostamente traduzido - com atenção poderá ver que ele contém algumas passagens muito semelhantes a textos conhecidos à data nos EUA e que o antecedem sem margem para dúvidas.

 

Além disso, o reencontro de um texto religioso antigo através de placas de bronze ou ouro não é propriamente uma grande novidade - até já aqui contámos um caso semelhante, o de Acusilau de Argos, que passou por uma experiência semelhante. Existem várias outras em culturas por todo o mundo - relembre-se ainda o estranho caso das Pedras Dropa - e em comum todas essas histórias parecem ter o facto da fonte original já não estar disponível para consulta directa. Isto é particularmente curioso no caso dos crentes deste Livro de Mórmon, porque eles são óptimos a guardar registos - muitos dos manuscritos de Joseph Smith ainda nos chegaram, como atesta este artigo da própria igreja em Inglês - mas neste caso específico, dizem-nos que as tais "placas de ouro" foram entregues novamente ao anjo Moroni ou deixadas numa caverna misteriosa (que, por mero acaso, até já tinha muitos outros textos no seu interior).

 

Por isso, será esta história da origem do Livro de Mórmon verdade, uma lenda, ou puro mito? Os leitores que decidam, em função das provas (simplificadas) que apresentámos aqui.

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