A horrenda historia dos Gémeos Reimer (e John Money + Alfred Kinsey)
A historia dos Gémeos Reimer, nascidos Brian e Bruce, é algo de tão horrendo que normalmente não abordaríamos o tópico aqui. Ela é, sem qualquer dúvida, completamente inapropriada para quem tiver menos de 18 anos - e, para esses possíveis leitores, pedimos, imploramos, que evitem a leitura do tema de hoje. Debatemos até, uma e outra vez, se sequer deveria ser contada por aqui, mas ao longo do tempo acabámos por decidir que sim, apenas com o objectivo de alertar as pessoas para algo muitíssimo problemático nos cultos da transfilia, mas que, como é conveniente, eles optam sempre e de forma muito deliberada por nunca contar às pessoas.
Os Gémeos Reimer nasceram em 1965 e foram, durante cerca de sete ou oito meses, crianças como as outras. Depois, por razões médicas, os pais decidiram circuncisar os filhos. O procedimento correu muitíssimo mal para Bruce (o que levou a que não tivesse lugar com o irmão), e o órgão sexual deste menino ficou completamente destruído. Então, os pais, com poucos estudos mas que tinham visto um suposto especialista num programa de televisão, levaram-lhe este menino. E ele, de nome John Money, vendendo-lhes todo um conjunto de fantasias irreais, sugeriu transformar o pseudo-pénis desse menino numa espécie de vagina, dizendo igualmente a estes pais que nunca deveriam contar à criança o que se passou e que deveriam criá-lo apenas como menina. E então, este Bruce Reimer passou a ser Brenda Lee Reimer, que podem ver na primeira das duas fotografias ali em cima. E viveu... com depressões, com muita confusão e coisas que nunca conseguia compreender*, até que os pais lá foram obrigados a contar-lhe o que se tinha passado, e depois dos 15 anos ele passou a (tentar) viver como sempre se tinha sentido, como nasceu, como uma pessoa do sexo masculino com o novo nome de David Reimer, que pode ser visto ali na segunda fotografia, por volta dos 18 anos. Mas sofreu de problemas psicológicos toda a vida, acabando por se suicidar aos 38 anos; o irmão, Brian, tinha morrido de uma overdose de drogas uns anos antes.
A uma primeira vista, os apoiantes da transfilia poderão não querer ver nada de mal em tudo isto. Até poderão querer encontrar, aqui e ali, razões para apoiar a sua causa. Mas, se tiverem lido as teorias científicas propostas pelo tal John Money, vêem que ele propunha precisamente o contrário do que isto prova - que o sexo não existe, existe é "identidade de género", e que esta última é determinada apenas pela forma como uma criança é criada. Ou seja, que se no caso específico dos Gémeos Reimer, Brian Reimer foi criado como rapaz, e Bruce / David Reimer foi criado como a rapariga Brenda Reimer, segundo as teorias deste senhor... o primeiro viria a ser um rapaz, e o segundo seria verdadeiramente uma rapariga, algo que a abominável experiência prática, que violou todas as regras de ética, provou ser completamente mentira. E durante anos o doutor foi escondendo essa verdade, afirmando que a experiência provava o que ele tinha postulado, quando factualmente não o fazia de todo... *
E isto, queiramos ou não, levantou-nos um conjunto de questões importantes. Se este John Money é, hoje, conhecido como o primeiro e principal proponente da ideia de uma distinção entre sexo e género - o que, na verdade, são uma e a mesma coisa... - onde mais estaria ele errado? Fomos então ler algumas das pesquisas dele, que por sua vez nos levou às pesquisas de um seu antecessor - um tal Alfred Kinsey - e o que fomos encontrando, aqui e ali, é completamente chocante. Por exemplo, voltando-se ali ao caso dos Gémeos Reimer, entre os supostos "tratamentos" sugeridos por este "especialista", contava-se um que passava por - e acreditem em nós, sentimos enorme dificuldade em escrever as palavras da publicação de hoje - colocar duas crianças, dois irmãos, a treinarem posições sexuais um com o outro, quando tinham apenas seis anos de idade, entre outras coisas tão loucas que preferimos não repetir aqui*. Para um ser humano normal, para alguém mentalmente sano, isto soaria incrivelmente mal... porque é errado, excepto se se explorar o que este Money, e o seu comparsa mais antigo Kinsey, acreditavam. E em que era? Atenção, se leram a publicação de hoje até aqui, fica a sugestão, uma segunda advertência, de que este tema não é, de todo, para menores de idade. É um tema horrendo, que desaconselhamos até aos mais sensíveis, e devemos deixar isso muitíssimo claro antes de continuar. Considerem-se avisados!
Voltando-se então ao tema, em que acreditavam Alfred Kinsey e John Money, os dois senhores na imagem acima...? Essencialmente, que desde a mais tenra idade que as crianças, e até os bebés, são "seres sexuais" (as palavras são deles, não nossas). Em ambos os casos, eles mostraram muita apetência para a pedofilia, pretendendo até normalizá-la na sociedade em que viviam. A ideia chegou à loucura do primeiro conduzir experiência sexuais em crianças e bebés, e do segundo dizer em entrevistas que nada via de mal em relações sexuais tidas entre - e é uma citação - "um rapaz de 10 ou 11 anos (...) e alguém na casa dos seus 20 ou 30 anos".
Se a história dos Gémeos Reimer é horrenda - e presumimos que ninguém sano o negue - ela ainda se mostra mais problemática ao ser inserida no contexto cultural que a gerou, que inclui muitos outros casos como este, e que passa por uma tentativa abominável de normalizar a pedofilia... ou, como alguns adeptos da transfilia insistem em chamar-lhes, a sexualidade de "pessoas atraídas por menores". Muda-se a palavra para uma expressão com conotações menos previsivelmente más, mantém-se a ideia... e esconde-se-a por detrás do "+" dos LGBTQ+. E o que significa esse tal "+", na verdade? É uma espécie de compressão de algo que, numa das muitas versões que agora existem, se chama "LGBTT2QQIAAP". E de que é esse tal "P"? É para "pansexual"... o que, como dissemos quando cá falámos sobre uma estranha infidelidade de Penélope, significa "tudo" ou "todos", referindo-se a um grupo de pessoas disposta a ter relações sexuais com... bem, digamos que para quem é bom entendedor meia palavra basta.
Claro que, a uma pessoa mentalmente sã, isto poderá parecer completamente grotesco, mas a verdade é que a ideia de um apoio constante entre estes verdadeiros cultos e a sexualização de crianças é hoje conhecido e quase constante. Basta ver o exemplo acima, retirado de um site de transfilia em território português [que, curiosamente, plagiou o nosso artigo sobre Santa Vilgeforte, como apurado em inícios de Dezembro de 2023], em que referências à sexualidade com crianças se misturam, quase lado a lado, com temas plenamente sexuais e impróprios para crianças.
Agora, quem quiser discordar, quem quiser achar que isto não é verdade, fica a sugestão de lerem as pesquisas dos tais John Money e Alfred Kinsey. Não leiam o que terceiros vos dizem sobre eles, nem leiam as versões sanitizadas de sites como a Wikipedia, mas sim o que eles verdadeiramente escreveram. E quando pararem de vomitar - como aconteceu a um colega nosso, que preferiu nem discutir mais este tema - talvez entendam a gravidade destas estranhas ideias americanas, que pouco destoam de algumas experiências nazis com gémeos durante a Segunda Guerra Mundial. Se os Gémeos Reimer foram mártires de um conjunto de ideias maluquíssimas, as ideias de Kinsey e Money continuam, de forma dissimulada, muito presentes nos nossos dias, e a sua tentativa de normalização de algo que é completamente criminoso, uma tentativa de sexualização de crianças e jovens, é muitíssimo perigosa... excepto, claro, se pertencerem a um verdadeiro culto em que tudo isso é muito bom e fantástico e inquestionável!
*- Para quem quiser saber mais sobre esta primeira parte do tema, relativo especialmente aos Gémeos Reimer e tudo aquilo por que Brian Reimer e Bruce / David Reimer passaram, poderá ler o livro As Nature Made Him: The Boy Who Was Raised as a Girl, de John Colapinto. É um livro bom para quem quiser conhecer melhor o caso, mas somos obrigados a deixar claro que é uma obra profundamente inquietante, sendo possível que se encontre entre as três obras literárias mais perturbadoras que nos passaram pelas mãos.