A lenda do devoto a São José
Contamos esta lenda do devoto a São José porque as lendas associadas a este santo, marido de Santa Maria e pai (adoptivo) de Jesus, não abundam nas muitas histórias do Cristianismo. Podem ser encontradas, aqui e ali, algumas tramas em que ele até tem algum papel mais significativo, mas são muita poucas aquelas em que esta figura tem um papel principal. É por essa razão que achámos que deveríamos contar esta pequena história por cá:
Há muito atrás existiu um homem que era muito devoto de São José. Rezava somente a este santo, sacrificava-lhe o que podia, dirigia-lhe todas as maiores preces, e outras coisas que tais, ignorando completamente Deus, Jesus, o Espírito Santo, Maria, ou qualquer outra figura santa.
Depois, um dia, faleceu. Encontrando-se às portas do Céu, São Pedro não queria deixá-lo entrar, porque dizia que, apesar da sua devoção e dos seus muitos bons actos, este homem se tinha sempre focado numa figura menor. E o homem estranhou tais palavras, mas pediu um pequeno favor a quem o interpelava - queria, por uma única vez, falar com o santo por quem tinha tanta devoção. Naturalmente que isso lhe foi permitido, e o santo ficou muitíssimo satisfeito por ver este seu devoto tão especial, mas quando tentou levar esse seu companheiro de todas as horas para o Céu foi impedido de o fazer. Não queriam, mesmo, deixar esse homem entrar! Então, São José disse apenas uma frase, em jeito de resposta - "Tudo bem, não o deixem entrar, mas se ele não entra eu vou-me embora, e levo a minha mulher e o meu filho comigo." Face a tais palavras, rapidamente o recém-chegado foi admitido no reino dos céus.
Dá para sorrir um pouco, mas mesmo nesse contexto de pequena brincadeira há que ter em mente que tudo isto faz algum sentido. É uma mera lenda, claro está, ninguém argumenta que tudo isto tenha mesmo acontecido, mas ainda hoje são muito poucos aqueles que têm qualquer devoção especial para com São José. Por isso, visto que o santo não deverá andar muito ocupado, quase que fica a questão - será que ele tem mais tempo livre para acudir a todos aqueles que pedem a sua ajuda? Faz todo o sentido, não é? Muitos rezam a Deus, a Jesus, a Maria, a Santo António, e a tantas outras figuras da história dos Cristianismos, mas... porque não rezar também a esta figura, que estará mais desocupada para nos atender?