A origem de São Tomé e Príncipe
Continuando as origens dos nomes de países lusófonos, hoje falamos sobre a origem de São Tomé e Príncipe, um conjunto de duas ilhas - uma delas São Tomé, e a outra agora com o nome de Príncipe - localizadas no Golfo da Guiné. A que se devem estes seus nomes?
De uma forma que poderá parecer inesperada, são muito pequenas e rápidas as explicações por detrás de cada um dos dois nomes. Em relação à Ilha de São Tomé, o seu nome deve-se à data em que foi descoberta pelos Portugueses, 21 de Dezembro de 1470, num dia que estava associado a esse santo em particular, quase como também aconteceu no caso do Brasil. Na altura, a ilha estava vazia de qualquer ocupação humana, pelo que - para quem estiver curioso - nem faria sentido perguntar-se qual o seu nome entre os nativos.
A segunda ilha, bem mais pequena que a primeira, foi descoberta a 17 de janeiro de 1471, no dia de Santo Antão [do Deserto?]. Ou seja, aparentemente havia uma política portuguesa horizontal de dar ás ilhas recém-descobertas o nome do santo associado ao dia da sua descoberta. Mas, se assim o era, porque tem essa segunda ilha hoje um outro nome? Bem, diz-nos a história que algum tempo depois, quando o único herdeiro do Rei D. João II nasceu, este rei ficou tão feliz com a ocorrência que mudou o nome da Ilha de Santo Antão para o seu actual, dedicando-a assim ao seu amado filho e príncipe (que, infelizmente, viria a falecer pouco depois).
Assim se explica a origem do nome de São Tomé e Príncipe, uma origem com poucos mitos ou lendas mas fundada, essencialmente, em elementos histórias de alguma importância, e que ainda nos preservam parte de uma cultura nacional de outros tempos.