O desaparecimento de Pamela Hobley
Hoje contamos aqui a história (verdadeira) de uma Pamela Hobley para lhe adicionar algo que, aparentemente, nunca tinha sido reportado na internet. É algo completamente real, que aconteceu a um dos nossos colegas há uns anos atrás (como o caso de Teresa Fidalgo...), e que mostra os estranhos caminhos a que a vida por vezes nos conduz pelo mais completo acidente.
Pamela Hobley nasceu a 24 de Maio de 1954 e desapareceu, juntamente com uma colega de escola (de nome Patricia Spencer), no dia 31 de Outubro de 1969. Já passaram décadas e décadas, seria muitíssimo invulgar reencontrar ambas ainda com vida nos nossos dias, mas um elemento curioso no seu caso é que à data do desaparecimento, e segundo informação da polícia local, esta jovem tinha a seguinte peça de roupa em sua posse - "3/4 length white faux fur coat with brown faux fur trim", ou seja, uma espécie de casaco de pele falso com cores branca e castanha. Pode parecer um elemento muito secundário, até dadas as décadas que se passaram, mas já lá iremos...
Um dia, um dos nossos colegas estava a ler artigos na internet e deparou-se com esse caso americano por completo acidente. Minutos depois, leu sobre um outro caso - o do serial killer Rodney Alcala - e encontrou um pedido de ajuda da polícia norte-americana para tentar identificar as muitas pessoas que apareciam nas fotografias tiradas por esse senhor, como pode ser visto nesta página, até por se poderem tratar de outras possíveis vítimas. Entre elas contava-se uma fotografia identificada no artigo apenas como "53/110" (tem uma referência completamente diferente em outras fontes online), que aqui reproduzimos na imagem abaixo:
Do lado esquerdo pode ser vista a menina Pamela Hobley, com cerca de 15 anos em 1969, numa fotografia publicada oficialmente pela polícia. Do lado direito pode ser vista uma fotografia tirada por Rodney Alcala em local e data incertos entre os anos de 1968 e 1979, de uma jovem a usar um casaco de pele com cores branca e castanha. Comparem o nariz, os lábios, as sobrancelhas, o cabelo, os olhos (castanhos), etc., e as duas pessoas parecem ser uma só e a mesma, com alguns anos de diferença. Com curiosidade, o nosso colega usou diversos algoritmos de comparação facial e esses sistemas revelaram uma "forte probabilidade" de serem ambas a mesma pessoa. Parecia coincidência demais, algo quase irreal, até porque nunca ninguém pensa que, a um oceano de distância e pelo mais completo acaso, consiga resolver um caso de um desaparecimento com mais de 50 anos... e a ser mesmo verdade, isto indicaria uma forte probabilidade de que a menina Hobley foi mais uma das vítimas mortais de Alcala!
E então... o nosso colega contactou por e-mail diversas entidades policiais nos EUA e tentou passar esta informação para elas, mas sem qualquer sucesso. E tentou uma segunda vez, igualmente sem sucesso. À terceira lá "foi de vez", conseguiu falar com alguém... e uns dias depois recebeu de volta um e-mail a dizer que tinham falado com uma pessoa ligada ao caso (sem nunca especificar quem terá sido), e que a pessoa negou a identificação, sem qualquer informação adicional.
Portanto... será que esta Pamela Hobley, que continua desaparecida até aos nossos dias de hoje, foi morta por Rodney Alcala? A resposta fica para os leitores, porque nem todas as histórias que contamos por cá têm séculos de existência...
P.S.- Esta é a primeira publicação que já não aparece nos dois volumes actuais do nosso livro!