20 de Maio, 2014
O Destino em "Da Natureza do Homem", de Nemésio
Sendo Nemésio de Emesa um autor cristão, poderia supor-se que este seu trabalho estaria repleto de menções ao Cristianismo e às suas ideias, mas isso não é, de todo, verdade. Assim, este é um texto onde o autor parece tentar conciliar a Filosofia mais antiga com as próprias ideias da nova religião.
Começa por falar da homem, da sua criação, da natureza, mas é por volta do capítulo 35 que este trabalho chega a um ponto que me parece importante, e em que o autor começa a falar do Destino e da Providência. Trata, então, esses temas de uma forma sequencial, mas também muitíssimo simples, própria até para aqueles que pouco ou nada percebem de Filosofia.
Nessas suas palavras, o autor mostra os principais problemas da existência do Destino, do livre-arbítrio, e resolve-os sem recorrer a argumentos de uma maior complexidade, sendo, portanto, uma obra de fácil leitura mas, ao mesmo tempo, de grande importância para o estudo da ideia de que os seres humanos pudessem, ou não, ter as suas acções regidas pelos deuses (ou por qualquer outra identidade), mostrando uma crença num Destino parcial - em que, por exemplo, um homem jamais poderia estar destinado a ir navegar, mas que ao fazê-lo poderia, então, acabar por sofrer um naufrágio - que apenas regeria a vida de uma pessoa dadas as circunstâncias que ela própria escolheu por si própria.
Começa por falar da homem, da sua criação, da natureza, mas é por volta do capítulo 35 que este trabalho chega a um ponto que me parece importante, e em que o autor começa a falar do Destino e da Providência. Trata, então, esses temas de uma forma sequencial, mas também muitíssimo simples, própria até para aqueles que pouco ou nada percebem de Filosofia.
Nessas suas palavras, o autor mostra os principais problemas da existência do Destino, do livre-arbítrio, e resolve-os sem recorrer a argumentos de uma maior complexidade, sendo, portanto, uma obra de fácil leitura mas, ao mesmo tempo, de grande importância para o estudo da ideia de que os seres humanos pudessem, ou não, ter as suas acções regidas pelos deuses (ou por qualquer outra identidade), mostrando uma crença num Destino parcial - em que, por exemplo, um homem jamais poderia estar destinado a ir navegar, mas que ao fazê-lo poderia, então, acabar por sofrer um naufrágio - que apenas regeria a vida de uma pessoa dadas as circunstâncias que ela própria escolheu por si própria.