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Mitologia em Português

26 de Maio, 2020

O mito da deusa Éris, personificação da discórdia

A deusa grega Éris podia ser só mais uma personificação como tantas outras. Podia ser uma daquelas figuras de que raramente nos lembramos, como Fobos (o medo), Deimos (o pânico), ou até os Erotes, mas bastou uma só participação na Mitologia Grega para a tornar uma das mais famosas deusas da Antiguidade Clássica.

Uma maçã na mesa dos deuses

Conta-nos o mito que numa data incerta os deuses celebraram o casamento do mortal Peleu com a ninfa Tétis. Todas as figuras divinas foram convidadas, da maior à mais pequena, com uma única excepção - a deusa Éris, a discórdia personificada.

Naturalmente zangada pela ausência de convite para um banquete em que até seres disformes estiveram presentes, a deusa rapidamente decidiu vingar-se - enviou ao banquete uma prenda, uma maçã (ou pomo) com a inscrição "Para a mais bela". E o resto, como se costuma dizer, é história.

 

O que não pode deixar de ser particularmente fascinante neste mito é o facto de esta deusa Éris, personificação da discórdia, ter um único papel e presença real nos mitos gregos, mas é um papel fulcral na instigação da Guerra de Tróia, cuja fama até chegou aos nossos dias. O seu nascimento aparece em Hesíodo, a deusa é mencionada como uma mera personificação em diversas outras histórias, mas esta sua intervenção directa no casamento de Peleu e Tétis é hoje o único instante em que ela age por si mesma. E talvez isso até explique o porquê dos Romanos venerarem a deusa Concórdia, não fosse o proverbial diabo tecê-las e Éris, a Discórdia sob o seu nome grego, voltar a fazer das suas...

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