O mito nórdico de Mimir
O mito de Mimir, também conhecido mais geralmente como o do Poço de Mimir, refere-se a uma figura da Mitologia Nórdica que tem, essencialmente, dois mitos associados a ela. Não sabemos se são dois mitos distintos, ou apenas duas versões diferentes de um só evento mitológico, mas não deixam de ser significativamente parecidas na forma como terminam e como estão associadas ao deus Odin.
Na versão provavelmente mais famosa do mito de Mimir, este era um gigante que possuía um poço cuja água dava imensa sabedoria a quem a bebesse. Odin, o grande monarca dos deuses nórdicos, aproximou-se do local e queria beber dessa água, mas o gigante disse-lhe que só o poderia fazer se sacrificasse algo em troca. Assim, o deus abdicou de um dos seus olhos, mas ganhou a capacidade de ver o passado, o presente e o futuro.
Mas numa outra versão (ou um mito distinto?), durante uma guerra a cabeça de Mimir foi cortada e enviada - miraculosamente viva - para Odin, que a manteve sempre consigo, usando-a sempre que necessitava de algum conselho, garantindo assim que tomava sempre as melhores decisões.
Em qualquer dos dois casos, o mito de Mimir explica a origem da grande sabedoria do deus Odin. Ela não era inata - recorde-se que os deuses nórdicos eram quase humanos nas suas imperfeições, e muitas vezes nem sequer eram imortais (como no caso de Baldur) - mas sim adquirida através de um qualquer evento que ligava estas duas figuras. Não sabemos como isso acontecia nas versões mais antigas de toda a história (o relato destas linhas é da Edda Poética e da Edda em Prosa, entre outras fontes tardias), mas é muito provável que ela já unisse, de uma qualquer forma agora incerta, Odin e Mimir de alguma forma.