"O Sétimo Selo", de Ingmar Bergman
Este filme O Sétimo Selo (ou, no original sueco, Det Sjunde Inseglet), da autoria de Ingmar Bergman, merece ser mencionado por cá face a uma ideia muito significativa que contém e que parece ter entrado para a cultura popular. Se, por um lado, podem ter sido poucos aqueles que já viram o filme, é provável que muitos mais até conheçam a sua cena mais famosa, que é mais ou menos assim:
Para que ainda não reconhecer a cena, O Sétimo Selo é particularmente famoso como o filme em que um Cavaleiro e a Morte jogam xadrez. Todo o conceito até pode parecer um pouco cansativo, por isso há que deixar muito claro que a trama não é apenas composta por estas duas personagens a jogarem esse seu jogo de tabuleiro, mas este vai voltando ao palco de tempos a tempos, mas sem que se consiga, aparentemente, seguir movimento a movimento o desenrolar de toda a acção.
Por isso, de que fala mesmo a trama de O Sétimo Selo? Temos alguma dificuldade em conseguir resumi-la sem fazer spoilers, mas apresenta essencialmente uma trama de inspiração medieval em que o confronto entre a vida e a morte se repete em diversas cenas, com todo aquele conceito da Danse Macabre em foco principal (que é como quem diz "a morte a todos une", uma espécie de evolução do mais antigo Memento Mori), e em que vão sendo exploradas diversas atitudes face a esse elemento inevitável da vida humana. Aparece o tal cavaleiro, o herói da história, mas também um ferreiro, uma troupe de actores, e várias outras personagens que vão sendo confrontadas com o peso inevitável da morte.
É um filme relativamente interessante, talvez mais se até for incluído num contexto em que forem sendo explicadas as nuances das diversas cenas, mas se um dia, por mero acaso, estiverem a procurar algo para ver na televisão e encontrarem este Sétimo Selo de Ingmar Bergman, fica o convite para lhe darem uma olhadela...