Resumo da Alegoria da Caverna de Platão
Hoje deixo aqui um resumo da Alegoria da Caverna de Platão, que me foi pedido há alguns dias. Também é conhecida, de uma forma mais simples, como o Mito da Caverna, mas a sua principal referência vem da República de Platão. E então, esta alegoria platónica pode ser sintetizada assim:
Na sua versão mais simples, a alegoria da caverna menciona vários homens, todos eles agrilhoados no interior de uma caverna, na qual nasceram e apenas conseguem ver uma ténue réstia de luz. Um dia, um desses homens liberta-se, escapa para o exterior da caverna e tem conhecimento de todos aqueles mistérios que, anteriormente, se escondiam por detrás de uma simples luz.
Ao voltar ao local onde sempre viveu, este homem conta aos seus antigos companheiros o que viu. Estes, quando confrontados com a recente descoberta, acham que a luz fez o seu amigo ficar louco, e pensam até em matá-lo.
Contrariamente ao que sucede em muitos dos mitos já relatados por cá, esta Alegoria da Caverna de Platão é uma história bastante difícil de interpretar, pelo simples facto de ter um quase infinito número de significados, os quais divergem em função do contexto que lhe queiramos dar. No caso da Filosofia, por exemplo, esta alegoria representa aquilo que se espera de um filósofo - a capacidade de se abstrair do mundo terreno e, com uma curiosidade periclitante, tentar interrogar-se sobre os diversos mistérios deste nosso mundo.
Esta Alegoria da Caverna platónica é certamente uma na qual o contexto é tão importante como a própria mensagem. É óbvio que a saída da caverna pode ter uma simbologia de escape de uma realidade frequente, e que o conjunto de homens agrilhoado pode simbolizar a sociedade geral, mas a importância geral do contexto é possivelmente a maior característica a ter em conta nesta Alegoria da Caverna. Por isso, aqui fica também um vídeo relativo ao tema, para ajudar nessa reflexão: