O mito de Héstia
O mito de Héstia, na Mitologia Grega (e conhecida como Vesta entre os Romanos), é o de uma irmã de Zeus e, tal como Atena e Artémis, uma deusa igualmente virgem. Não é propriamente uma personalidade destacada, nem desempenha quaisquer papéis de muito relevo na maior parte dos mitos. Porém, ela era a deusa da lareira, o símbolo do lar, para junto da qual os recém-nascidos tinham de ser levados antes de serem recebidos pela família. Todas as refeições começavam e acabavam com uma oferta à deusa. Como diz um poema:
Héstia, em todas as moradas dos homens e dos imortais
É tua a honra maior, o primeiro e último doce vinho
Oferecido na festa, deitado para ti como é devido.
Nunca sem ti podem os deuses ou os mortais festejar.
Na altura dos Romanos todas as cidades tinham também uma fogueira pública consagrada a esta deusa, onde a chama nunca devia extinguir-se. Na verdade, até quando se estabelecia uma nova colónia, os novos colonos levavam consigo brasas da lareira da cidade-mãe, com as quais atiçavam o fogo da nova cidade. Seis sacerdotisas virgens, as Vestais, tinham a seu cargo os cuidados da grande fogueira de Roma, que foi apagado pela última vez em 394 d.C., meses antes da queda da grande cidade... o que não pode senão deixar uma questão, será que foi por isso que a cidade foi conquistada?!