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Mitologia em Português

11 de Março, 2019

A "Crónica do Imperador Clarimundo" (de João de Barros) e a "Jerusalém Libertada" (de Torquato Tasso)

Cavaleiros e dama

Hoje, trazemos cá dois livros que, nos nossos dias, são muito pouco lidos, apesar de estarem disponíveis online gratuitamente.

 

A Crónica do Imperador Clarimundo, de João de Barros, é, como vários livros já cá discutidos anteriormente, um romance de cavalaria. E, nesse contexto, é uma produção pouco digna de nota neste espaço, não fosse o facto do titular Clarimundo ser apresentado como um ascendente, quase certamente ficcional, do Conde Dom Henrique, pai do nosso primeiro rei, Afonso Henriques. Continua, por isso, uma tradição que já vem dos tempos de Virgílio e que fazia descender de figuras ficcionais notáveis algumas personagens famosas da história europeia.

 

Quanto a Jerusalém Libertada, de Torquato Tasso, já foi considerada um dos quatro grandes poemas épicos europeus, como ainda hoje atesta a "Cascata dos Poetas" em Oeiras. Aí, podem ser vistos Homero, Virgílio, Camões e Tasso.

Cascata dos Poetas, em Oeiras

É um épico de finais do século XVI, baseado na história da conquista de Jerusalém durante a Primeira Cruzada. Claro que nos apresenta mais ficção do que realidade, mas muitas das suas sequências não podem deixar de nos relembrar eventos como os dos poemas de Homero e de Virgílio. Além disso, em alguns momentos funde Cristianismo e Paganismo (aqui, quase sempre sob a forma da religião de Maomé), "bom" e "mau", aquela eterna ideia de "nós vs eles", de um modo inesperadamente belo. Fica, por isso, um convite particularmente especial à sua leitura.

 

Sucintamente, ambas estas obras nos apresentam um momento muito particular da reutilização da tradição clássica no século XVI europeu. A forma como o fazem é muito distinta, mas nem por isso menos digna de nota.

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