Refresh

This website www.mitologia.pt/a-lenda-de-kianda-324149 is currently offline. Cloudflare's Always Online™ shows a snapshot of this web page from the Internet Archive's Wayback Machine. To check for the live version, click Refresh.

Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Mitologia em Português

11 de Agosto, 2020

A lenda de Kianda

A história de hoje, a que poderíamos até chamar o mito ou lenda de Kianda (ou Quianda, como também muitas vezes vimos escrito) vem de um país africano, mais precisamente de Angola, onde a sua influência está bem atestada até em obras tão famosas como as de Pepetela, de que reproduzimos um título abaixo. Foquemo-nos, portanto, numa breve apresentação da lenda:

O Desejo de Kianda, de Pepetela

Sobre esta Kianda, diz-se então que era uma divindade marinha, muitas vezes semelhante a uma sereia, que vivia por perto da Praia do Bispo, na capital angolana de Luanda. Um dia, enquanto se encontrava na margem das águas, reparou que por perto se encontrava um homem muito triste. Procurando então trazer-lhe alguma alegria, deu-lhe um enorme tesouro.

Num primeiro momento, claro que isso agradou ao homem, mas depois ele começou a reagir de uma forma muito ingrata (os seus actos menos bons parecem variar entre as versões da história), levando a que Kianda lhe retirasse o dom que lhe tinha oferecido. Mas não só. Depois, descontente com o que se tinha passado, esta figura jurou a si mesma que não voltaria a ajudar mais gente ingrata, conduzindo até para a sua destruição todos aqueles que se atravessem a violar o bom carácter inato das suas águas.

 

O que podemos então dizer sobre esta lenda de Kianda? São muitas as mitologias pelo mundo fora que advertem para o poder multifacetado das águas - recorde-se, por exemplo, o caso do Kappa Japonês, mas também o mito grego de Hilas, entre muitos outros - e esta história conduz-nos no mesmo sentido, apresentando uma divindade que, mediante o verdadeiro carácter de quem a conhece, pode ser tanto uma salvadora como uma destruidora. Existiram, naturalmente, rituais destinados a propiciá-la, a torná-la mais simpática para com os pescadores, mas a lição essencial a retirar de toda esta história é bastante simples - devemos saber respeitar as águas, porque elas tanto nos dão coisas muito boas como também nos podem até retirar a nossa própria vida. Fica, por isso, essa grande lição, que serve tanto para Angola como para Portugal, Brasil, ou qualquer outro país deste nosso mundo.

Gostas de mitos, lendas, livros antigos e muitas curiosidades?
Recebe as nossas publicações futuras por e-mail - é grátis e irás aprender muitas coisas novas!