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Mitologia em Português

29 de Maio, 2020

A lenda do Boto Cor-de-rosa, e o "filho de boto"

A lenda deste Boto Cor-de-rosa, e a expressão que dela deriva (i.e. filho de boto), deve começar com uma breve explicação para os Portugueses - um boto não é senão um golfinho, apesar do seu nome menos vulgar. O vocábulo é mais frequente no Brasil, apesar do dicionário português da Priberam nos informar que ambas as palavras significam uma e a mesma coisa.

Agora, passando ao que interessa, em certas zonas do Rio Amazonas vive uma espécie de boto que é cor-de-rosa, distinguindo-se facilmente do "tucuxi" cinzento. Mas ele não parece ser muito frequente, o que poderá ter gerado a seguinte lenda:

Um boto cor-de-rosa

Segundo ela, nas noites de lua cheia - ou nas de Santo António, São João e São Pedro, segundo outra versão - este boto cor-de-rosa tem a capacidade de se transformar num homem belíssimo. É uma metamorfose quase total, com a excepção da narina que ele tem - como os golfinhos que tão bem conhecemos - no topo da sua cabeça. Para suprir essa falha, ele usa sempre um chapéu durante as suas aventuras noturnas.

Com essa sua beleza em forma humana, este boto cor-de-rosa, introduz-se em algumas aldeias e finge ser nada mais que um homem vulgar, apesar de lindíssimo. Depois, seduz alguma jovem e engravida-a na beira de um curso de água, antes de desaparecer de uma forma tão misteriosa como surgiu. E a jovem, essa, confrontada com uma gravidez não planeada e misteriosa, fica sem saber o que fazer...

 

A origem desta lenda do Boto Cor-de-rosa é muito fácil de compreender, mas é também desta mesma história que surge a expressão "filho de boto", desconhecida em Portugal, que é dada a um filho de pai incógnito, ou até potencialmente de uma violação. Desconhece-se se alguém ainda diz mesmo que foi engravidada por um boto com poderes mágicos (quem estiver no Brasil e souber responder a isto, por favor deixe um comentário abaixo!), ou se alguém ainda acredita nisso, mas esta expressão chegou aos nossos dias no sentido mais geral de apresentar alguém que tem um filho cujo pai é desconhecido.

E, se ficaram curiosos sobre a origem e significado de outras expressões mitológicas que ainda são usadas em Portugal e no Brasil nos nossos dias, podem encontrar mais na nossa secção de expressões.

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